Numa pequena
cidade alemã, lá pelos idos de 1.787, um professor de aritmética, no intuito de
ocupar os seus alunos, lhes propôs um exercício no mínimo trabalhoso. O
exercício consistia basicamente em apresentar ao professor o somatório dos
números inteiros, de um a cem.
Mal terminara
de passar o exercício no quadro negro os dedicados alunos iniciam os cálculos.
Aqui e ali se viam os lápis percorrendo os cadernos e toda a sala se entretinha
naquela atividade. Um mais dois é igual a três, mais quatro igual a sete e
assim por diante, os cálculos iam avançando, vagarosamente, em direção ao
número cem.
Menos de um
minuto após haver o professor prescrito o desafio a um canto da sala, um aluno
se levanta e se dirige ao professor e mostra a ele o seu caderno, com umas
poucas linhas preenchidas e abaixo um número, que seria a resposta ao desafio.
O número era 5.050.
O professor, que,
diga-se de passagem, sequer sabia a resposta, pois ainda não havia feito o
cálculo que propôs aos seus alunos, resolve conferir a conta do pequeno aluno
e, para sua surpresa, a conta estava exata.
Estupefato, o
professor, com toda a humildade diante de um feito daqueles, questiona como o
aluno, de apenas dez anos de idade, havia chegado, em tão pouco tempo àquela
resposta.
O jovem aluno
então lhe explica que havia percebido que se somando o número um com o número
cem obtém-se cento e um; que se somando dois com noventa e nove obtém-se cento
e um; que somando três com noventa e oito igualmente se obtém cento e um. Percebeu
que sempre que se somam números equidistantes, o resultado seria cento e um e
que entre os números um e cem existiam cinquenta destas duplas de números
equidistantes, de modo que, para se chegar ao resultado desejado bastaria
multiplicar cento e um por cinqüenta, obtendo-se então o resultado final de
5.050.
O professor,
reconhecendo o potencial do menino, estimulava cada vez mais aquela criança, e
inclusive comprava-lhes os livros, para que ele pudesse estudar e desenvolver
sua superior inteligência. O aluno não o decepcionou e seu progresso na ciência
matemática foi mesmo estupendo.
O caso real
deste pequeno garotinho alemão evidencia que a genialidade e o talento podem
brotar ainda em tenra idade, e se desenvolver sadiamente ao longo da vida.
Ah, ia me
esquecendo, este garotinho esperto respondia pelo nome de Carl Friedrich Gauss,
revolucionou a teoria do cálculo, e foi o maior matemático de seu tempo!